terça-feira, 26 de junho de 2012

Para inicio de conversa

Comecemos do começo
(seja ele qual for)

Com os "enta" já se insinuando no horizonte e após haver passado por um casamento sem frutos, a ideia da paternidade já tinha de certo modo desaparecido dos meus pensamentos. Ao mesmo tempo em que lamentava não deixar alguém para continuar minha história, já ia me resignando por também não ter com o que me preocupar nos anos futuros. Cuidaria de mim, do cachorro e de uma eventual companheira também já desestimulada a plantar um filho. Se muito!

Mas me faltava, eu sabia, esse desafio. Já havia plantado uma árvore. Aliás, mais de uma. O livro era e continua sendo questão de tempo. Me faltaria o filho. E me atormentava aquela canção de León Gieco que pedia a Deus que a morte não o encontrasse vazio, só e sem ter feito o suficiente.

Mas o fato é que ter um filho não é tão simples para nós, como foi, por exemplo, para a Xuxa. Não dá simplesmente para encontrar uma mulher disposta a ser mãe e perdir-lhe o favor de ter um filho seu. Até porque cabe a mãe viver os maiores dramas e os maiores prazeres do processo. Simplesmente deixei pra lá. Não pensava no assunto e o sufocava quando vez por outra se fazia perceber.

 Até que um dia tudo começou a mudar.

 Assim começamos a história.

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